quinta-feira, 26 de abril de 2018

As conquistas e lutas das mulheres na sociedade atual

Desde o princípio da história, as mulheres foram subjugadas e forçadas a viver em favor do homem, trabalhando como serviçais, domésticas, não podendo exercer o papel de alguém que ajuda como mantenedor do lar. A passos lentos, a sociedade foi aceitando a mulher nas suas mais diversas áreas, como no magistério ou até mesmo prestando serviços do lar, porém recebendo um salário injusto.
Depois de muitos anos de discriminação e de várias conquistas femininas, no dia 8 de março de 1857, um grupo de operárias de uma fábrica de tecido resolveu protestar contra a discriminação salarial e carga horária, desvantajosa em comparação aos homens. A manifestação sofreu uma represália violenta e 130 mulheres morreram carbonizadas, trancadas dentro da fábrica. Após outras inúmeras manifestações em favor das mulheres, em 1975, a ONU fez desta data um marco para homenagear a liberdade conquistada por elas e também para debater o papel da mulher na sociedade atual.

Mercado atual
Mesmo após todos esses anos, onde a mulher se estabeleceu no mercado de trabalho e como chefe de família, ainda existe desigualdade social entre os dois sexos. O coordenador do FGTAS SINE-Bagé, Roberto Messias, fala que a procura por funcionários do sexo masculino é maior. “Há  uma diferença bem grande na oferta, 60% das vagas disponíveis são para homens” comenta. Messias ainda destaca que na sua maioria, as vagas oferecidas às mulheres são para serviços do lar, como doméstica e cozinheira, profissão dominada pelo sexo feminino. A doméstica Marina Garcia, de 52 anos, fala que nunca sofreu nenhum preconceito e há anos trabalha em residências. Quando questionada sobre a escolha da carreira, ela responde: “eu adoro o que eu faço, gosto da cozinha”. Se por um lado Marina, que começou no mercado de trabalho há 25 anos, não sente que o preconceito ainda persiste, a estudante de psicologia Katiucia Souza dos Santos, de 19 anos, fala que é uma realidade presente. “Acho que ainda existe muito preconceito principalmente no mercado de trabalho”. Katiucia ainda comenta que pelo que pode perceber da sua futura profissão, pode existir uma leve preferência pelo sexo feminino. “Acho que as pessoas procuram mais as psicólogas mulheres” comenta.

As várias faces da mulher moderna
Mesmo ganhando o mercado de trabalho, a maioria das mulheres continuam fazendo as tarefas domésticas e presente na criação dos filhos. A gerente de Recursos Humanos, Rosane Lima, 42 anos, tem três filhos, um de 8 anos, e encontra tempo para a família mesmo trabalhando em horário integral. “Nós temos que ser e fazer tudo. Vou trabalhar, volto para casa para fazer o almoço, levo o filho na escola, volto para o trabalho, no fim do dia, dou aquela arrumada nas coisas para o dia seguinte e converso com as minhas filhas mais velhas”. Rosane diz que conta com a ajuda de uma pessoa a qual trabalha na sua casa na parte da manhã, mas,ainda assim, sobra trabalho a ser feito. “Eu tenho alguém que me auxilia no cuidado da casa, e mesmo assim, faço bastante coisa, imagino o sufoco de quem faz tudo sozinha”, destaca.

Profissionalização
A partir do momento em que a mulher foi aceita no mercado de trabalho nas mais diversas áreas, elas buscaram os cursos profissionalizantes para aperfeiçoarem-se cada vez mais, principalmente em áreas dominadas pelo sexo oposto. O programa da Prefeitura Municipal Mulheres em Construção, promovido pela Coordenadoria da Mulher, capacitou mulheres para trabalhar na construção civil, ramo que cresce na região. A Coordenadoria da Mulher procura defender os direitos da mulher na sociedade e apoiar as ações públicas em defesa do sexo feminino, dando autonomia e segurança para que todas as mulheres possam ter direito a uma vida livre de discriminação.

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