Trump anuncia que se reunirá com Kim Jong-un 'em 3 ou 4 semanas'
Declaração foi dada durante discurso em Michigan, um dia após encontro histórico entre Coreias. Tema a ser tratado será desnuclearização da Coreia do Norte, segundo o presidente dos EUA.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou neste sábado (28) que se reunirá com o líder norte-coreano, Kim Jong-un, "em três ou quatro semanas", o que representa uma leve antecipação em relação às estimativas da Casa Branca, que fixou a reunião para o final de maio ou princípio de junho.
"Acredito que vamos ter um encontro nas próximas três ou quatro semanas", afirmou Trump em discurso em Michigan para seus simpatizantes.
"Vai ser um encontro muito importante, a desnuclearização da península da Coreia", acrescentou Trump sobre um cenário com cartazes azuis com as palavras "promessas guardadas" e "fazer os EUA grande de novo", seu lema de campanha e que utilizou para este comício.
A desnuclearização foi tema de encontro entre o secretário de Estado do governo Trump, Mike Pompeo, e Kim Jong-Un, em abril. O assunto também foi discutido na reunião histórica entre Kim e Moon Jae-in, presidente da Coreia do Sul, na sexta-feira (27).
Qual a importância da reunião de Trump e Kim?
Após um ano de trocas de ameaças e insultos, ocorreu na noite desta quinta-feira (8) o surpreendente anúncio de que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o ditador norte-coreano, Kim Jong-un, concordaram em se encontrar pessoalmente para debater, entre outros pontos, o programa nuclear e balístico da Coreia do Norte, mediante uma garantia de segurança para Pyongyang.
Caso realmente ocorra, será o primeiro encontro de líderes em exercício dos dois países. Resta saber se a cúpula vai culminar em qualquer avanço significativo após um ano bastante turbulento na relação entre eles.
Por que este encontro é tão importante e chama tanta atenção da comunidade internacional?
Durante toda a Guerra Fria e mesmo depois dela, nunca um dos presidentes dos EUA se encontrou pessoalmente com um mandatário norte-coreano, o que dá um ineditismo histórico à reunião, ainda que ela não traga muitos resultados efetivos.
Em 2017, a Coreia do Norte testou sua arma nuclear mais poderosa e lançou três misseis balísticos intercontinentais que seriam, supostamente, capazes de alcançar o continente americano.
O anúncio também é surpreendente no sentido de que, desde a chegada de Trump à presidência, a relação entre os dois países se degradou e a retórica de ataque mútuo aumentou muito.
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