O Dadaísmo, ou simplesmente “Dadá”, foi um movimento artístico pertencente às vanguardas europeias do século XX cujo lema era: "a destruição também é criação".
Foi considerado o movimento propulsor das ideias surrealistas, de caráter ilógico e anti-racionalista, que segundo o próprio fundador do movimento, Tristan Tzara:
“Dada não significa nada: Sabe-se pelos jornais que os negros Krou denominam a cauda da vaca santa: Dada. O cubo é a mãe em certa região da Itália: Dada. Um cavalo de madeira, a ama-de-leite, dupla afirmação em russo e em romeno: Dada. Sábios jornalistas viram nela uma arte para os bebês, outros jesus chamando criancinhas do dia, o retorno a primitivismo seco e barulhento, barulhento e monótono. Não se constrói a sensibilidade sobre uma palavra; toda a construção converge para a perfeição que aborrece, a ideia estagnante de um pântano dourado, relativo ao produto humano.”
Características
Rompimento com os modelos tradicionais e clássicos; Espírito vanguardista e de protesto; Espontaneidade, improvisação e irreverência artística; Anarquismo e niilismo; Busca do caos e desordem; Teor ilógico e irracional; Caráter irônico, radical, destrutivo, agressivo e pessimista; Aversão a guerra e aos valores burgueses; Rejeição ao nacionalismo e ao materialismo; Crítica ao consumismo e ao capitalismo. Origem do Movimento
Tristan Tzara (1896-1963) foi o fundador do movimento Dadaísta, em meados da primeira guerra mundial, junto aos artistas Hugo Ball (1886-1927) e Hans Arp (1886-1966).
Tristan Tzara, o maior articulador do movimento dadaísta.
Essa proposta de arte era irreverente e espontânea pautada na irracionalidade, na ironia, na liberdade, no absurdo e no pessimismo. O intuito principal era de chocar a burguesia da época e criticar a arte tradicionalista, a guerra e o sistema.
Foi assim que aleatoriamente foi escolhido o termo "dadaísmo". Os artistas reunidos resolveram escolher um termo num dicionário, que de certa maneira, já indicava o caráter ilógico do movimento que surgia. Do francês, o termo “dadá” significa "cavalo de madeira".
Nesse sentido, o dadaísmo é considerado um movimento antiartístico, uma vez que questiona a arte e busca o caótico e a imperfeição.
"Eu redijo um manifesto e não quero nada, eu digo portanto certas coisas e sou por princípios contra manifestos (...). Eu redijo este manifesto para mostrar que é possível fazer as ações opostas simultaneamente, numa única fresca respiração; sou contra a ação pela contínua contradição, pela afirmação também, eu não sou nem pró nem contra e não explico por que odeio o bom-senso. A obra de arte não deve ser a beleza em si mesma, porque a beleza está morta." (Tristan Tzara)
Artistas Dadaístas
A Fonte (1917) de Marcel Duchamp, uma das obras mais emblemáticas do dadaísmo
Alguns artistas plásticos e poetas que participaram do movimento dadaísta foram:
Tristan Tzara: poeta romeno;
Marcel Duchamp: poeta, pintor e escultor francês;
Hans Arp: poeta e pintor alemão;
Francis Picabia: poeta e pintor francês;
Max Ernst: pintor alemão;
Raoul Hausmann: poeta e artista plástico austríaco;
Hugo Ball: poeta e filósofo alemão;
Richard Huelsenbeck: escritor e psicanalista alemão;
Sophie Täuber: artista plástica suíça.
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