quinta-feira, 20 de setembro de 2018

Artes: Hiper-realismo

Hiper-realismo   Grego hyper + francês Réalisme. Inglês Hyper realism. Pintura ou escultura que procura reproduzir a realidade com todos os seus detalhes, sem ater-se às propostas realistas ou naturalistas tradicionais. Tecnicamente o resultado são as cores e o desenho com menos nuances e os traços mais definidos, com os mínimos pormenores reproduzidos. As esculturas mostram todos os pormenores, mas não se confundem com a arte naturalista.
Enquanto movimento, surgiu em meados da década de 1960. No início mais presente nos EUA e Canadá, pretendendo denunciar a desumanização da vida moderna, sobretudo nos gigantescos centros urbanos, mostrando edifícios, casas e ruas como se fossem cenários, não raro transmitindo um sentimento de solidão e melancolia.
Tentou uma reabilitação do figurativismo. Nessa etapa do hiper-realismo, os motivos são cenas cotidianas, aparentemente banais, que compõem o universo da classe média norte-americana, trazendo imagens de motoqueiros em pinceladas contidas e precisas, colorido uniforme, automóveis, ruas anônimas e comuns. Pode servir-se da fotografia para fixar o momento em imagens cristalizadas, refletindo essa realidade tornada estática naquela circunstância. Não se trata, contudo, de uma realidade “fotográfica” mas de uma forma de realismo artístico. Como disse uma crítica “é a ilusão da realidade e a realidade da ilusão”.
Em 1972 o pintor Edward Hopper (1882-1967) foi homenageado em Nova York com uma mostra post-mortem, que o reverenciou como legítimo precursor do movimento. A escola teve mais adeptos nos EUA, entre os quais os norte-americanos: Richard Estes (1932), Audrey Flack (1931), Robert Bechte (1932), Robert Cottingham (1935); e o inglês, John Salt (1937).
No Brasil não teve muitos adeptos, mesmo assim há exemplos de artistas que adotaram, em algum momento, o hiper-realismo, como: Sepp Baendereck (1920-88), Glauco Rodrigues (1939-2004) e Antonio Henrique Amaral (1935), este com suas bananas (Brasiliana 9, Museu de Arte Contemporânea da USP). O movimento é referido igualmente como Superrealismo ou Foto-realismo.

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